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16 jun 2020
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Lei de Hick: a psicologia por trás de um UX mais rápido

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Apaixonada por marketing, descobriu os números e finanças ao longo do caminho e, decidiu ajudar as pessoas através da educação financeira. Hoje faz isso atuando no marketing da bxblue, fintech acelerada pela Y Combinator e escrevendo em alguns portais.

O design UX têm grande interesse no estado emocional de seus usuários. Ninguém quer criar aplicativos, software ou sites que frustram as pessoas, certo? Existem muitos princípios que oferecem suporte ao UX Design que ajudam os designers a criar ótimas experiências para o usuário. Um deles é a lei de Hick.

Muitos profissionais de marketing enfatizam a importância do SEO, das redes sociais, do e-mail marketing e assim por diante, e, no entanto, o design é muitas vezes esquecido.

Obviamente, todos esses componentes são importantes, mas o design do seu site não é apenas uma “apresentação bonita”: ele pode realmente melhorar ou prejudicar sua taxa de conversão.

Há muita psicologia por trás da percepção de uma interface do usuário. Vamos falar sobre uma das leis mais importantes que influenciam fortemente o design da interface do usuário e, portanto, o design da web. A lei de Hick!

A Lei de Hick afirma que o tempo exigido pelos usuários para tomar decisões é determinado pelo número de opções possíveis que eles têm disponíveis.

As pessoas não consideram as escolhas uma por uma, mas agrupam-nas em categorias e depois eliminam cerca de metade delas em cada etapa do processo de tomada de decisão.

A Lei de Hick diz que, quanto mais opções você apresentar a seus usuários, mais tempo eles levarão para tomar uma decisão. Isso é bem óbvio, mas geralmente negligenciado por muitos na pressa de colocar muita funcionalidade em um site ou aplicativo.

O designer, deve usar a Lei de Hick para examinar quantas funções deve oferecer em qualquer parte do site e como isso afetará a abordagem geral dos usuários na tomada de decisões.

Design também é psicologia

Como você pode ver, ao projetar uma interface de usuário em funcionamento, uma boa paleta de cores, a fonte mais quente ou as melhores imagens são apenas pequenas partes do todo.

Assim, se você deseja garantir não sobrecarregar a memória do usuário, considere definitivamente aplicar leis como a de Hicks, Miller ou Fitts.

Se no site você recebe comentários sobre o seu site como “É muito complicado usar” ou “Não consigo encontrar o caminho”, é possível que você tenha violado uma das leis mais básicas da interface do usuário.

A fórmula da Lei de Hick

Em 1952, dois psicólogos, William Hick (daí o nome) e Ray Hyman, procuraram entender a relação entre o número de estímulos e a reação de um indivíduo a um determinado estímulo. E há uma fórmula para isso:

T = b . log2 (n+1)

Para ilustrar com um exemplo:

“Digamos que você está em um site e precisa chegar em algum lugar. Há uma lista de opções e você leva 2 segundos para ler, entender e decidir qual opção de navegação escolher, dentre as 5 opções possíveis.”

O tempo de resposta, de acordo com a Lei de Hick, é o seguinte:

RT = (2 segundos) + (0,155 segundo) (log2 (5)) = 2,36 segundos

Tudo se resume a:

O tempo que leva para tomar uma decisão, aumenta à medida que o número de alternativas aumenta.

Se houvesse mais opções de navegação em nosso exemplo, o tempo de resposta seria maior. E um tempo de resposta mais alto pode levar o visitante a abandonar o site.

Como a lei de Hick é usada nos sites?

A Lei de Hick nos sites é aplicável principalmente quando não queremos sobrecarregar o usuário com um excesso de informações visíveis ao mesmo tempo. Alguns processos podem ser divididos em partes, apresentando ao usuário a quantidade ideal de dados em um determinado momento.

Na web, a Lei de Hick nos diz para manter as opções no mínimo. Isso se aplica a tudo:

  • Conteúdo na página
  • Elementos de navegação
  • Imagens
  • Escolha de produtos, etc.

Assim, ao remover a opção não essencial, reduzimos a quantidade de decisões desnecessárias que precisam ser tomadas. Isso acelera as interações do usuário, reduzindo o tempo necessário para obter essas conversões. Assim, reduzimos a chance dos usuários ficarem frustrados, desistir e sair.

Outro fator interessante de pensarmos é sobre a hierarquização visual e como ela pode ajudar ou atrapalhar o usuário durante sua navegação.

Neste artigo sobre o Meu INSS é nítido que há uma hierarquização visual dos elementos na tela. A barra lateral à direita, foi destinada para aparecer conteúdos visuais com caráter de propaganda, já ao lado esquerdo o layout do site foi construído para abrigar textos e títulos, focando assim a atenção do usuário apenas no conteúdo. 

Do ponto de vista do usuário, essa hierarquização visual o ajuda muito a navegar e entender aonde ele irá encontrar determinadas informações.

Isso é mais uma forma de organizar seu site, e consequentemente, fazer com que seus usuários permaneçam mais tempo navegando. 

Categorizando escolhas

Imagine um menu de navegação que oferece acesso direto para cada página em seu site, os usuários levariam um bom tempo até encontrarem a opção desejada.

Agrupando as escolhas em categorias, você pode ocultar as escolhas e exibi-las apenas quando houver uma interação do usuário.

Redução de complexidade

Existem sites que seriam praticamente impossíveis de usar sem um mecanismo de pesquisa. Falamos de sites como por exemplo, lojas online com uma grande variedade de produtos e gigantes como OLX, Amazon e etc.

Se o seu site tem um processo complexo, você pode usar a Lei de Hick a seu favor mostrando-o por etapas, tornando-o mais fácil e amigável para os usuários.

Em cada etapa, lembre-se de deixar claro para os usuários onde eles estão, onde podem ir e onde já estiveram.

Usando as listas suspensas

A lei de Hick nos sites é frequentemente usada no menu principal de muitas páginas.

As listas suspensas são usadas para lidar com alguns problemas. Elas agrupam determinados itens de menu em um único local, revelando-os apenas se a pessoa estiver interessada nesse tipo de dados.

Reduzindo o número de opções em um e-commerce

Muitos sites mostram os produtos “mais recentes” ou “compras populares” em vez de listar todos os produtos.

A ideia é que se você deseja que seus usuários tenham uma experiência tranquila com seu produto, é preciso reduzir o número de opções, limitando-os ao que o usuário precisa.

Lei de Hick e sites – Conclusão

Todo mundo quer economizar tempo. Quando criamos experiências de usuário usando a Lei de Hick, estamos trabalhando para reduzir a quantidade de tempo necessária para que um usuário faça o que quer.

Apresentar menos opções aos usuários faz sentido apenas se a decisão específica não exigir que ele analise um grande número de fatores.

Em resumo, quanto menos produtos, mais lucros. A lei de Hick diz que toda escolha que precisa ser feita aumenta seu tempo. Assim, quanto mais escolhas o destinatário tiver, menos eficaz será sua oferta.

Combinada com outros princípios orientadores, a Lei de Hick é uma maneira poderosa de entender o comportamento do usuário e como os usuários fazem as escolhas que fazem baseados na simplicidade.

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